Um estudo contratado pelas mineradoras Vale, BHP Billiton e Samarco sobre a tragédia em Mariana mostrou que a presença de lama no ponto de ruptura da barragem, onde deveria ter somente areia, é uma das causas do colapso da estrutura, acontecido dia 5 de novembro de 2015. Nesta quarta-feira (29), representantes das empresas apresentaram o resultado de uma investigação com a auditoria internacional Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP.
Dezenove pessoas morreram em decorrência do rompimento e a lama atravessou o estado e chegou até o oceano, devastando também parte do Espírito Santo. O corpo de uma pessoa ainda não foi encontrado. Dentre os mortos. há moradores de distritos de Mariana, além de trabalhadores da Samarco e terceirizados.
O estudo apresenta alguns fatos que já haviam sido detalhados nos inquéritos da Polícia Federal e da Polícia Civil como causas do desastre. Entre eles, estão o recuo da ombreira esquerda, problemas de drenagem e a liquefação dos rejeitos arenosos. O processo de liquefação é quando há um aumento de água nos rejeitos, tornando-os fluidos.
O engenheiro geotécnico Norbert Morgenstern, um dos especialistas que participaram do painel de investigação sobre o rompimento da barragem de Fundão, explicou, por meio de videoconferência com jornalistas em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que o rompimento foi o resultado de “uma consequência de eventos e condições” e detalhou motivos para que colapso tenha ocorrido na ombreira esquerda. “O fluxo ocorreu na ombreira esquerda por causa do recuo na ombreira esquerda ter sido construído sobre uma mistura de areia e lama e não apenas areia”, explicou.
Além do recuo, dos problemas de drenagem, da liquefação e do acúmulo de lama onde deveria ter rejeito arenoso, o especialista citou três pequenos abalos sísmicos, que foram registrados poucas horas antes do rompimento. Os abalos, segundo Morgenstern, aceleraram o gatilho da liquefação, iniciando o fluxo de rejeitos.
O engenheiro disse que “uma alteração do projeto em 2011 / 2012 levou a um aumento da saturação, que levou a um potencial de liquefação”. O estudo mostra que, em 2009, houve defeitos na “construção do dreno de fundo”. Segundo os especialistas que participam da auditoria, a barragem foi tão danificada que o sistema não poderia mais ser implementado.
fonte : http://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/2016/08/acumulo-de-lama-e-uma-das-causas-da-ruptura-de-barragem-diz-auditoria.html
Trabalho feito por : Luis Coelho e Dinis Rebelo
quinta-feira, 7 de março de 2019
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