Nos últimos 30 dias foram observados mais
de 500 tornados nos Estados Unidos e só na terça-feira passada chegaram 27
relatos deste fenómeno natural, que há vários anos tinha desaparecido da
preocupação dos norte-americanos.
"O que está a acontecer é muito raro",
explicou Patrick Marsh, meteorologista do Centro Federal de Previsão de
Tempestades.
Na segunda-feira, os EUA assistiram a 11 dias
consecutivos com tornados no território, batendo um recorde que permanecia
desde 1980.
Durante a passada semana, as autoridades
norte-americanas registaram sete mortes e dezenas de feridos, consequência de
uma elevada sequência de tornados que tem afetado sobretudo o território
central dos EUA, com especial incidência em estados como Missouri, Kansas e
Oklahoma.
Os Estados Unidos experimentaram uma acalmia no número
de tornados desde 2012.
Os meteorologistas ainda não conseguiram explicar este
fenómeno de decréscimo de tornados, tal como não percebem o seu regresso em
força, este ano.
"Muitas pessoas tentam dar uma explicação, mas não
há uma resposta definitiva", disse Marsh.
O surto de atividade de tornados nas
últimas duas semanas foi impulsionado por um sistema de alta pressão na região
do sudeste e por uma frente fria incomum sobre as Montanhas Rochosas que
forçaram a entrada de ar quente e húmido na região central, provocando
repetidas tempestades e tornados.
A situação deverá permanecer e os tornados repetir-se, porque, diz o meteorologista, "nenhum desses sistemas mostra sinais de movimento".
A situação deverá permanecer e os tornados repetir-se, porque, diz o meteorologista, "nenhum desses sistemas mostra sinais de movimento".
Cathy Zapotocny, meteorologista num centro de observação
no Nevada, acrescenta que a atmosfera se tem revelado muito instável desde o
inverno passado, o que ajuda a compreender as inundações e tempestades a que se
assistiu em várias regiões do país.
Maio é geralmente o mês com maior incidência de
tornados, geralmente nas planícies do interior dos EUA.
A maioria dos tornados confirmados tem tido uma escala
pouco intensa, mas 23 dos mais de 900 observados atingiram velocidades de mais
de 200 quilómetros por hora, tendo o mais forte deles, no Alabama, em março,
provocado 23 mortes.
Desde o início do ano, já morreram 38 pessoas, nos 10
tornados mais fortes.
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